A Petrobras anunciou, na quinta (18) uma nova política de preços para o gás de cozinha. E o valor do botijão nas refinarias caiu.

A partir desta sexta (19), as distribuidoras vão comprar o gás de cozinha com redução de 5% no preço. O botijão vai custar em média nas refinarias R$ 23,16. Mas até chegar ao consumidor sofre aumentos ao passar pelas distribuidoras e depois revendedoras.

A nova política de preços pode ajudar a reduzir os custos para o consumidor em casa. Nos últimos meses o que se viu foi uma escalada de aumentos, e o preço médio do botijão de gás de cozinha subiu R$ 10.

Os reajustes vinham acontecendo mensalmente. Eles vão continuar atrelados ao mercado internacional, mas agora as mudanças nos preços vão ser a cada três meses.

“Distribuidores e revendedores têm completa liberdade para fixar os seus preços. Portanto, certamente ajuda a uma redução desses preços por distribuidores e revendedores, mas nós não podemos garantir isso”, destaca Pedro Parente, presidente da Petrobras.

Eliza Dias é dona de uma revendedora, e diz que se pagar menos pelo botijão, vai baixar o preço também para os clientes: “Esperar para ver. Se vier para mim o cliente também ganha. Vai pagar mais barato também”.

De acordo com a Petrobras, na média de preço do botijão, 45% vêm das distribuidoras e revendedoras, 16% de ICMS, 3% de PIS/PASEP e COFINS e 36% é a parte da Petrobras.

Os seguidos aumentos têm feito muito consumidor mudar de hábito. O cardápio do restaurante da Dona Emília foi adaptado, porque ela parou de usar o forno. Maria do Socorro, foi ainda mais radical. Passou a cozinhar com fogão a lenha.

Em Goiânia, também tem morador buscando alternativas nada práticas: “Eu vou catar cavaco de pau no quintal para fazer fogo para cozinhar. Eu acho que eu mereço uma vida melhor”.

Já em Corumbá, os aumentos deram espaço para os atravessadores. Eles revendem a preços mais baixos botijões comprados na Bolívia. Um lote foi apreendido na fronteira.

Para o consumidor tudo seria mais fácil se o botijão de gás ficasse mais barato. “Baixar o preço sim com certeza, mas poderia baixar mais, 5% não vai mudar muita coisa”, diz Ellison Bispo, taxista.

No Rio Grande do Sul, o preço do gás de cozinha está entre os mais altos do país. Em Erechim, no norte do estado, custa em média R$ 84.

“Poderia baixar um pouquinho mais. Que venha este 5% para nós “, afirma uma moradora.

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